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                                                                    DISCIPULADO EM FAMÍLIA

     A cena é, infelizmente, mais comun do que se desejaria, por um lado o líder cristão, com um exelente trabalho ministerial, grandes números de membros em sua congregação, renomado e muito requerido para pregações e palestras, por outro lado sua esposa e seus filhos com uma queixa: "Talvez para efeito de conservar as aparências sua família ainda  mantenha um comportamento cristão, mas interiormente, são ovelhas sem pastor."

     A tarefa de cuidar da própria família é sem dúvida a mais desafiadora e exigente que um cristão pode assumir. Os pais delegam à escola dominical a responsabilidade que Deus deu a eles: Apresentar aos filhos as verdades divinas. No antigo testamento, o preceito da lei era muito claro: As palavras dadas por Deus deveriam estar no coração de cada membro de seu povo, e cada pai as deveria ensinar aos filhos. Mas quem caminha com o filho hoje? Quem se assenta em casa com sua família? Quem vê a hora que o filho se levanta e deita? São tão poucos estes momentos que pouco sobra para que o cristão possa exercer o cuidado espiritual dos que estão sob sua responsabilidade.

     As orientações no novo testamento não são menos claras: Não há quem possa cuidar da casa de Deus se não souber cuidar bem da sua própria casa (1Tm. 3:4-5). Cada cristão especialmente os que se dizem comissionados para cuidar dos outros, precisa assumir em primeiro lugar o cuidado com sua família, não para moldá-la a um padrão legalista de comportamentos,  com atitudes piedosas exteriores sem a correspondente realidade espiritual interior, mas para servi-la, para lavar-lhe os pés e pensar-lhe as feridas. Somente assim quando nos apresentarmos diante de Deus, em qiualquer situação podemos dizer: "Eis-me aqui a mim e aos filhos que o Senhor me deu" (Hb. 2:13)

Rev. Ronaldo Rosa Ramos - 15-11-2009